sábado, 28 de março de 2015

Pesquisar garante Páscoa mais doce

Diferentes marcas e estabelecimentos ampliam variação de preços na cidade
por Carmen Staggemeier Xavier

Variedade e brindes fazem a alegria da criançada. Pais precisam estar atentos à variação de preços de um mesmo produto (Foto Arquivo/A Razão)


Faltando uma semana para a Páscoa, consumidores começam a lotar os estabelecimentos especializados nos dois principais produtos dessa data: os pescados e os chocolates. Nos supermercados, as “parreiras” encantam os olhos dos pequenos e são vistos com muito cuidado pelos adultos. Isso porque os preços podem variar de R$ 3,00 a R$ 115,00, dependendo do tamanho, marca e “brinde” que o ovo de Páscoa oferece.

Para atrair o consumidor, alguns estabelecimentos já estão realizando promoções, que incluem redução de preços e descontos conforme a quantidade. Isso porque, com a retração na economia, o objetivo é garantir as vendas, mesmo que com uma lucratividade menor. Para atingir as metas, a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) prevê crescimento real (descontada a inflação) de 2% na comercialização em comparação com o mesmo período do ano passado. A aposta será na venda de ovos de chocolates menores e de barras e bombons – deste último produto a estimativa é repassar 6 milhões de caixas.

PESCADOS - Para quem não perde a tradição, o cardápio desta Semana Santa poderá ficar mais salgado em comparação com a Páscoa do ano passado. Isso porque, segundo levantamento do Índice do Custo de Vida de Santa Maria (ICVSM), alguns tipos, como a merlusa, têm variação de até 66,91%. Já acompanhamentos como a cebola registram aumento de até 81,65% em 12 meses. Segundo o professor de economia do Centro Universitário Franciscano (Unifra) Mateus Frozza estes aumentos são resultado de fatores com o reajuste dos custos com o transporte e a energia elétrica, além de questões sazonais.


Consumidor deve estar atento

Para que a Páscoa não se torne um problema, o Procon e o Programa Municipal de Defesa do Consumidor repassam algumas dicas quanto aos ovos de chocolate e os pescados. Segundo a auditora fiscal Márcia Rocha, um dos passos mais importantes é conferir as informações que o produto é obrigado a apresentar em sua embalagem, como peso, data de validade, valor nutricional, entre outros.



No caso dos ovos de Páscoa, é preciso estar atento à questão do peso, já que a informação deve se referir apenas ao chocolate, descontando o peso do brinde (quando houver) e da embalagem. “O consumidor precisa verificar se a embalagem está em condições, se não há violação e se o armazenamento ocorre de forma adequada”, orienta. Márcia sugere ainda que os pais não façam as compras acompanhados dos filhos. “É mais difícil explicar para uma criança a relação entre o valor do produto, o brinde e, principalmente, a quantidade de chocolate”, explica.
Com relação aos pescados, frescos ou congelados, a auditora destaca os cuidados a serem observados com o selo de fiscalização, a limpeza, a conservação e a procedência do produto. Na próxima segunda-feira, dia 30, a Prefeitura Municipal irá divulgar uma série de orientações quanto à comercialização de pescados, além de ampliar a fiscalização da vigilância sanitária nos pontos de venda.

Márcia destaca ainda que, em caso de dúvida, o consumidor pode entrar em contato com o órgão de defesa do consumidor pelo telefone (55) 3217-1286 ou pelo e-mail procon@santamaria.rs.gov.br.

Veja a matéria no site do Jornal A Razão:
http://www.arazao.com.br/noticia/67655/pesquisar-garante-pascoa-mais-doce/http://www.arazao.com.br/noticia/67655/pesquisar-garante-pascoa-mais-doce/

quinta-feira, 12 de março de 2015

Inflação é a mais alta desde 2006

Índice do custo de vida de fevereiro em Santa Maria registrou aumento de 1,28%



por Carmen Staggemeier Xavier


Os santa-marienses sentiram no bolso os aumentos de preços de produtos e serviços no início deste ano. Em fevereiro, a inflação na cidade fechou em 1,28%, segundo dados do Índice do Custo de Vida de Santa Maria (ICVSM), calculado pelo Laboratório de Práticas Econômicas do Centro Universitário Franciscano (Unifra). Esta é a maior taxa mensal desde 2006, quando o índice começou a ser calculado. Em janeiro deste ano, o custo fechou com alta de 1,07%.

Os dois grupos que mais contribuíram para esta elevação foram o transporte e a alimentação. O aumento no preço dos combustíveis e o reajuste das passagens impulsionaram a inflação no setor de transporte, que encerrou o mês de fevereiro com alta de 3,17%. No caso do grupo alimentação, uma das causas da alta de 2,41% foi a greve dos caminhoneiros, gerando o desabastecimento e a elevação de preços de produtos essenciais, como arroz, feijão e hortifrutigranjeiros.

Outros quatro grupos que compõem o ICVSM apresentaram aumento médio de preços em fevereiro. Com o início das atividades escolares, o grupo educação fechou o mês com alta de 1,27%. Entre os fatores para essa elevação estão os preços do uniforme escolar (+13,2%), cadernos (+10,8%) e mensalidade do ensino médio (+6,9%). Já o grupo de despesas pessoais apresentou pequena oscilação de 0,43%, impulsionado pelo aumento do juro do cheque especial e do cartão (+0,43%). Os preços verificados no grupo habitação registraram leve aumento de 0,16%, ocasionados pela alta do sabão em pó (+7,7%), cerca elétrica (+7,5%) e tintas (+4,5%). No grupo comunicação, a alta de 0,11% foi puxada pela mensalidade do telefone residencial (+1,4%).

PRINCIPAIS REDUÇÕES

Dos nove grupos pesquisados, três apresentaram resultado médio abaixo da inflação medida pelo ICVSM. O grupo vestuário variou -0,64%, devido as promoções do Liquida Santa Maria. Já o grupo artigos de residência apresentou queda de -0,57% nos preços, puxada por itens como aparelho de DVD (-7%), dormitório solteiro (-4,5%) e conjunto de som acoplado (-4,6%). Por fim, o grupo saúde e cuidados pessoais teve baixa nos preços de -0,10%, puxado pela queda nos preços da armação de óculos (-13,1%), creme dental (-11,7%) e talco (-11,0%).

OS DEZ MAIS NO BOLSO DO CONSUMIDOR

Maiores  aumentos

- Mala 18,5%
- Arroz comum 18%
- Pão 17,9%
- Caqui 17,8%
- Achocolatados e farinha láctea 17%
- Leite em pó 17%
- Uniforme escolar 13,2%
- Ferro elétrico 13%
- Aluguel de roupa masculina 12%
- Passagem de ônibus municipal 11,5%

Maiores baixas

 - Bermuda e shorts -19,6%
- Blusa feminina -17,5%
- Bermuda e shorts infantil -17,3%
- Conjunto da calça e blusa feminina -16,7%
- Rádio para automóvel -15,8%
- Beterraba -15,5%
- Leite tipo C -15,2%
- Calça comprida infantil -15,1%
- Agasalho feminino -14,5%
- Bife empanado -13,6%

Matéria publicada no site do jornal A Razão.
Dia: 12 de março de 2015.

LINK: http://www.arazao.com.br/noticia/67190/inflacao-e-a-mais-alta-desde-2006/

Inflação em Santa Maria atinge o maior índice desde 2006

Custo de Vida em Santa Maria aumentou 1,28% em fevereiro 
   Jaiana GarciaEspecial

O Custo de Vida em Santa Maria subiu 1,28% em fevereiro, o maior índice desde 2006, quando a inflação local começou a ser medida por meio do Índice do Custo de Vida de Santa Maria (ICVSM), pesquisa feita pelo Centro Universitário Franciscano (Unifra). 

– Em poucas ocasiões o índice ultrapassou um ponto percentual – ressalta o economista que coordena a pesquisa e é professor da instituição Mateus Frozza.

Os "culpados" da inflação santa-mariense são itens de necessidade básica, como transporte, alimentação e educação. O aumento do preço dos combustíveis, além do reajuste da passagem de ônibus na cidade (de 11,5%), contribuiu para que o transporte despontasse no topo da lista, atingindo a casa 3,17% de alta. Em relação aos alimentos, o vilão foi o arroz, com acréscimo de 18%. Se observarmos alguns alimentos específicos, desde dezembro, o susto é ainda maior (veja lista abaixo). 
                   

O comportamento desordenado dos preços foi agravado pela greve dos caminhoneiros, que causou desabastecimentos pontuais, e fatores sazonais, nos alimentos cotados em dólar. 

Ontem, também foi divulgado o ICVSM de janeiro, que ficou em 1,07%, indicando que o acumulado dos dois primeiros meses do ano registra alta de 2,05%. O acumulado dos últimos  12 meses atingiu 8,26%, número maior do que a inflação nacional medida pelo IPCA, que foi de 7,7%, a mais alta desde 2005.
Projeção ruim
A expectativa para março é de inflação igual ou superior à de fevereiro, aponta o economista, quando será contabilizado o impacto do aumento da conta de energia elétrica. 

– Carnes e hortifrutigranjeiros devem seguir em alta. O buffet por quilo também deve subir logo, já que os alimentos estão pressionando os preços – afirma Frozza.
Segundo Frozza, o momento  exige atenção na hora das compras. O consumidor vai ter de pesquisar preços e fazer substituições. O economista cita como alternativa alimentos que tiveram baixa, como o leite tipo C (-15,2%) e o bife empanado (-13,6%).  

Confira, abaixo, dicas para administrar melhor o orçamento doméstico: 
   
                 
Matéria publicada no site do Diário de Santa Maria.
Dia: 12 de março de 2015.

LINK: http://diariodesantamaria.clicrbs.com.br/rs/noticia/2015/03/inflacao-em-santa-maria-atinge-o-maior-indice-desde-2006-4716424.html

quarta-feira, 11 de março de 2015

segunda-feira, 9 de março de 2015

Preço do estacionamento e outros serviços pesam no bolso

Setor de serviços reajustou preços em 118% nos últimos nove anos em Santa Maria



Deni Zolin

Com o aumento da renda do trabalhador, nos últimos anos, fazer pesquisas de preços virou um hábito cada vez menos comum. Boa parte dos consumidores ficou mais exigente. Mesmo assim, quem manteve o hábito de pesquisar costumou focar mais em comparar produtos como alimentos, gasolina e eletrodomésticos.
Porém, quando se trata de contratar serviços, fica mais difícil sair comparando valores. Até porque, dependendo do conserto ou trabalho a ser feito, há tanta procura que os prestadores não dão conta de atender todos os pedidos, gerando fila de espera. Em alguns casos, chega ao ponto de o cliente precisar quase implorar para ser atendido. Essa grande demanda encorajou os prestadores de serviços a, nos últimos anos, reajustar os preços acima da média da inflação de outros setores.

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Em Santa Maria, os serviços tiveram alta média de 118% nos últimos nove anos, enquanto a média da inflação na cidade foi de 67% nesse mesmo período. E no Brasil, mesmo com um ano de baixo crescimento em 2014, a inflação dos serviços tiveram alta de 8,32%, segundo o IPCA. Porém, agora, em época crise econômica, chegou a hora de reavaliar e conter gastos.
– Sai pesquisa do preço da gasolina no jornal, e posso ir no posto mais barato. Mas, nos serviços, não temos condições de pesquisar. Muitas vezes, o prestador aumenta o valor na intuição, sem se basear em índices de inflação. Então, muitas vezes, os aumentos são muito grandes e ninguém vê – afirma o professor de Economia da Unifra e coordenador da pesquisa do Índice do Custo de Vida de Santa Maria (ICVSM), que mede a inflação na cidade, Mateus Frozza.

Segundo dados do ICVSM, o serviço campeão de aumento de preço na cidade foi o de estacionamento privado, com alta de 350% desde janeiro de 2006, quando o índice começou a ser calculado. O aumento exorbitante da frota de veículo, a expansão de faixas de proibido estacionar em algumas ruas e a nova lei, de 2014, que mudou a forma de cobrança dos estacionamentos, contribuíram para essa grande variação.

Mensalidade nas alturas

A professora de dança Eliane Bortolini mora no Centro e deixa os dois carros da família em um estacionamento particular na Rua Coronel Niederauer. Ela conta que a mensalidade, que era de R$ 150 no início de 2014, acabou tendo dois reajustes no ano passado. Primeiro, pulou para R$ 180, e quando entrou em vigor a lei que obrigou os estacionamentos a cobrarem em frações de 15 minutos, o preço mensal saltou para R$ 200. Para os dois carros, o valor por mês subiu de R$ 300 para R$ 400.
– Está muito caro. Esse aumento de R$ 150 para R$ 200 por carro pesa bastante no bolso. E tudo em si está subindo um absurdo. Foi-se o tempo da inflação baixa. Cada vez que a gente vai no supermercado, sai apavorada. Com esse aumento recente da luz, já começamos a reduzir o tempo do banho e, toda vez que saímos de um lugar, desligamos a luz – conta.

:: Conta do supermercado está mais salgada em Santa Maria
 
Vai demorar para a estabilização dos preços

Algumas consultorias nacionais projetam que a inflação dos serviços continuará alta em 2015, ficando entre 7,3% e 9% no país. Essa alta ainda será impulsionada pelos aumentos expressivos dos combustíveis, da energia elétrica e dos reajustes salariais que pesam nos custos dos serviços.

A perspectiva dos analista é que os serviços só devem ter uma freada na alta a partir da metade do ano ou em 2016, quando a economia do país tiver assimilado os efeitos da alta dos juros e dos impostos adotados para controlar a alta da inflação.

– A gente talvez tenha de mudar alguns hábitos de consumo para fugir desse aumento de preços e passar por essa turbulência da economia. Diminuir a faxineira, colocar o filho estudar em uma escola mais perto para gastar menos combustível e estacionamento – conclui Frozza.



quinta-feira, 5 de março de 2015

Alimentos estão mais caros em função da paralisação dos caminhoneiros

Matéria exibida no RBS Notícias do dia 02 de março de 2015.

Economista dá dicas de como economizar nas compras no supermercado
Para assistir a matéria, clique aqui.

Conta ainda mais pesada

Reajuste na tarifa de energia elétrica de 39,5% terá impacto nos preços e empregos

Para que o impacto na conta seja minimizado, é preciso reduzir o consumo. Ar condicionado representa até 5% no valor final (Foto Deivid Dutra/A Razão)
por Carmen Staggemeier Xavier

Desligar equipamentos, apagar a luz e reorganizar as contas. Essas são as principais ferramentas para driblar o aumento na conta de energia elétrica, de 39,5%, que está valendo desde a última segunda-feira. A revisão tarifária extraordinária foi aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Mas o aperto não ocorre apenas nas residências. As empresas também são atingidas, o que poderá provocar um efeito cascata sobre os preços de uma maneira geral, assim como ocorre quando aumenta o preço dos combustíveis.
Segundo o professor de Economia do Centro Universitário Franciscano (Unifra) Mateus Frozza, o reajuste na energia elétrica encarece o custo fixo das empresas. “O comércio varejista, que já está pressionado com o aumento dos juros, combustíveis, passagens e a volta dos impostos da folha de pagamento, pode vir a fazer demissões de curto a médio prazo, ou seja, podemos ter poucos empregos (temporários) e vendas nesta Páscoa”, prevê o economista.
Os impactos desse aumento nas empresas depende, basicamente, do ramo de atuação, pois existe uma variação no consumo de energia elétrica conforme o segmento e a estrutura utilizada pelo comércio, supermercados e serviços. “Preliminarmente, o impacto nos supermercados podem ficar em torno de 8% a 10%, até avaliação de perdas e ganhos”, prevê Frozza.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Santa Maria (CDL), Jacques Eskenazi Neto, afirma que os vários reajustes que entraram em vigor recentemente desestimulam a produção. “Este custo terá que ser repassado, ou nos preços dos produtos, ou por meio de cortes em outras despesas, o que pode incluir ou não postos de trabalho, dependendo da empresa”, avalia.
ORÇAMENTO FAMILIAR
O economista Mateus Frozza explica que, para o consumidor nunca foi tão importante fazer compras mais regulares e avaliar sua “cesta” de consumo, ou seja, ser mais prudente antes de comprar e avaliar sua condição de pagamento. “Está na hora de reunir a família e comunicar o que pode e o que não ser feito”, sugere.
Como economizar no final do mês
- Chuveiro: representa de 25% a 35% do valor da conta. Por isso, deixe o chuveiro ligado somente o tempo necessário para o banho
- Ar Condicionado: representa de 2% a 5% do valor final da conta de luz. Para economizar, limpe os filtros e mantenha portas e janelas fechadas
- Lâmpadas: A iluminação representa de 15% a 25% do valor da conta. Por isso, evite acender qualquer lâmpada durante o dia, apague as lâmpadas dos ambientes desocupados
- Geladeira: contribui com 25% a 30% do valor final da conta de luz. Para economizar, instale a geladeira em local bem ventilado, longe de raios solares e fontes de calor
- Televisor: representa de 10% a 15% do valor da conta. Evite deixar o televisor ligado sem necessidade
- Máquina de Lavar Roupa: representa de 2% a 5% do valor final. Procure ligar a máquina só quando ela estiver com a capacidade máxima de roupas indicada pelo fabricante

terça-feira, 3 de março de 2015

Jornal da Unifra - Dia 02 de março de 2015


Matéria exibida no Jornal da Unifra do dia 02 de março de 2015.

A entrevista com o Professor e Economista Mateus Frozza começa a partir dos 4:15 do vídeo.